Em 2019, Zé Ricardo emocionou o país ao publicar uma selfie ao lado da mãe no caixão, desabafando sobre a solidão e as dificuldades que enfrentava para cuidar dela. A imagem viralizou rapidamente, ultrapassando 300 mil compartilhamentos e transformando um homem simples, de apenas 20 seguidores, em alguém que recebeu apoio de milhares de brasileiros tocados pela dor que ele vivia. Em entrevistas, ele contou que era órfão de pai desde 1994, vivia isolado com a mãe — professora aposentada e totalmente dependente — e enfrentava sozinho todos os cuidados, desde alimentação até banho e remédios.
Comovidos, internautas criaram uma vaquinha que arrecadou cerca de 40 mil reais para ajudar Zé Ricardo a reconstruir a vida. Mas ele nunca chegou a usar o valor: criminosos invadiram sua casa para roubar o dinheiro, espancaram e queimaram Zé Ricardo vivo em Aparecida de Goiânia. Com 80% do corpo queimado, ele ainda foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. Anos depois, uma das suspeitas chegou a ser presa, acusada de participar do plano para ficar com o dinheiro arrecadado pela internet.