O jornalista hispânico Mario Guevara, detido por autoridades de imigração dos Estados Unidos desde 14 de junho, completou nesta segunda-feira (22 de setembro) 100 dias atrás das grades. Em uma carta divulgada pela Atlanta News First, Guevara afirmou estar ciente de sua situação legal e disse que, caso seja deportado, “deixará o país de cabeça erguida”, convencido de que está sendo punido por exercer sua profissão e não por cometer crimes.
Guevara foi preso enquanto cobria um protesto em DeKalb County e depois transferido para a custódia do ICE. A situação se agravou quando o Conselho de Apelações de Imigração (BIA) retomou um processo de deportação de 13 anos atrás, ordenando seu retorno a El Salvador. A ACLU, entidade de defesa dos direitos civis, segue contestando a detenção e tenta evitar a deportação imediata.
Na carta, o jornalista pediu desculpas à família e à comunidade latina, agradeceu o apoio e criticou o sistema, afirmando que tem sido humilhado por autoridades locais e federais. “A vida nem sempre é justa. Se me deportarem, sairei com a cabeça erguida, pois estou convencido de que será por exercer meu trabalho jornalístico e não por cometer crimes”, escreveu.