O governo de Israel deportou nesta segunda-feira (6) a ativista sueca Greta Thunberg e outros 170 manifestantes que haviam sido detidos após uma flotilha com mais de 40 barcos ser interceptada por tropas israelenses a caminho da Faixa de Gaza. Segundo informações divulgadas pela agência Reuters, os ativistas foram enviados para a Grécia e a Eslováquia, e Israel afirma que todos tiveram seus direitos legais respeitados.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores de Israel, o país já deportou cerca de 340 pessoas entre os quase 450 detidos, e pretende concluir o processo “o mais rápido possível”. A flotilha, organizada pelo grupo Hamas-Sumud, tinha o objetivo declarado de levar ajuda humanitária aos palestinos e denunciar a situação em Gaza, mas foi barrada por Israel, que classificou a ação como “provocação”.
Entre os detidos estavam 15 brasileiros — 13 ainda permanecem sob custódia em Israel, entre eles a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, confirmou visita a eles nesta segunda-feira. O episódio ocorre em meio à condenação internacional de Israel, após o governo Lula denunciar a interceptação da flotilha no Conselho de Direitos Humanos da ONU.