O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, durante audiência de custódia realizada neste domingo (23), que tentou mexer na tornozeleira eletrônica porque teve um “surto” causado por medicamentos psiquiátricos. Segundo ele, a ação não teve relação com qualquer tentativa de fuga. As informações constam na ata da audiência divulgada pelo g1, que também registra o uso de pregabalina e sertralina, remédios indicados para ansiedade e depressão.
Bolsonaro declarou que passou por “paranoia”, teve o sono “picado” e acreditou que havia uma escuta no equipamento, o que o levou a abrir a tampa com um ferro de solda — ferramenta que ele disse saber manusear. O ex-presidente relatou que o episódio ocorreu por volta da meia-noite e que, após “cair na razão”, interrompeu o procedimento e comunicou os agentes de custódia.
A juíza Luciana Sorrentino decidiu manter a prisão preventiva, e o caso será analisado nesta segunda-feira (24) pela Primeira Turma do STF, que poderá confirmar ou revogar a decisão de Alexandre de Moraes. Caso seja mantida, a prisão poderá seguir por tempo indeterminado, sendo reavaliada a cada 90 dias, como prevê a lei.